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Safra de 2025 começa mais tarde, mas promete qualidade superior; preço do café segue valorizado apesar de retração no mercado

Expectativa é de colheita acima de 2 milhões de sacas; Câmara Setorial do Café orienta produtores sobre comercialização e gestão da produção.

Safra de 2025 começa mais tarde, mas promete qualidade superior; preço do café segue valorizado apesar de retração no mercado

A colheita de café em Rondônia para a safra de 2025 começou oficialmente neste mês de maio, com um leve atraso em relação aos anos anteriores, quando tradicionalmente a colheita se iniciava em abril. Segundo Ezequias Bras da Silva Neto, presidente da Câmara Setorial do Café — conhecido como Tuta Café —, o novo cronograma está alinhado com a busca por maior qualidade do grão.

 "Os produtores perceberam que colher mais tarde, com o fruto mais maduro e vermelho, garante mais rendimento, mais produção e, principalmente, mais qualidade. Isso agrega valor ao nosso café", afirma.

 A previsão da Câmara Setorial é de que a safra deste ano ultrapasse os dois milhões de sacas, com término da colheita previsto para agosto. Embora a seca de 2024 tenha afetado as lavouras e possa resultar em leve redução comparada ao ano passado — quando foram colhidas cerca de 2,4 milhões de sacas —, a expectativa é de um produto de excelência, mantendo Rondônia como referência nacional na produção de café robusta de alta qualidade.

 Em relação ao mercado, Tuta Café destaca que o preço da saca viveu um pico em 2024, chegando a R$ 2.100, impulsionado pela escassez global causada por secas severas no Brasil, Vietnã e Indonésia. Atualmente, o valor recuou para cerca de R$ 1.480, mas ainda garante uma margem de lucro atrativa para os produtores rondonienses.

 “Mesmo com essa baixa recente, acreditamos que entre junho e julho o preço volte a subir. O importante é que ainda temos um mercado valorizado, que assegura boa lucratividade para quem produz com qualidade”, diz ele.

 A Câmara Setorial do Café tem atuado na orientação dos produtores rurais, especialmente no que se refere à gestão da produção e ao momento ideal de comercialização.

“Nosso trabalho tem sido dialogar com órgãos como a SEAGRI, EMATER e demais entidades, promovendo encontros e repassando informações para que o produtor tome decisões com segurança e não seja prejudicado por especuladores”, explica Tuta. Ele também destaca o amadurecimento da cafeicultura no estado: “Hoje nossos produtores são praticamente professores em gestão. Rondônia está de parabéns pela evolução rápida e sólida na produção de café”.

Encerrando sua fala, Ezequias destacou a importância da participação da Câmara Setorial do Café na Rondônia Rural Show Internacional 2025, principal vitrine do agronegócio no estado.

“A feira é um divisor de águas para a cafeicultura de Rondônia. Traz tecnologia, conecta produtores a mercados nacionais e internacionais, movimenta a economia local e fortalece nossas cadeias produtivas. Parabenizo o Governo do Estado de Rondônia pela excelente organização da feira, que já é referência para o Brasil e para o mundo.”

 

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