• 16 de Outubro de 2022

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Rural, 15 de outubro, a Forbes Agro divulgou um levantamento inédito com a lista de 50 grupos de mulheres do agro que atuam em todo o país. Rondônia tem dois grupos fortes que fazem parte desta lista, são os Movimentos das Mulheres do Café de Rondônia, criado em 2017 pela jornalista Renata Kelly da Silva, e o Agro Mulheres Rondônia, criado em 2019 pela agropecuarista Antonielly Rottoli e a contadora agro Beatriz Rosa (in memorian).

Estes Movimentos de Rondônia não têm fins lucrativos, nem vínculos políticos ou partidários, institucionais ou com empresas privadas. São conduzidos por voluntárias e são muito representativos para a região Amazônica. Reúnem milhares de mulheres nas redes sociais (Instagram, Facebook e WhatsApp) e tem promovido a mulher no agro, dando voz, visibilidade, reconhecimento, oportunidade e acesso à capacitações.  São mulheres da Amazônia, determinadas e que estão fazendo a diferença, conquistando seu espaço e sendo protagonistas do Agro no Estado de Rondônia.

Além de promoverem interação nas redes sociais, o Agro Mulheres Rondônia e as Mulheres do Café de Rondônia participam e realizam eventos ao longo do ano, desde a sua criação. Também atuam de maneira integrada, unindo forças e promovendo as mulheres do agro do estado, de todos os setores, do campo e da cidade.

Dentre outras ações, em junho de 2022 as Mulheres do Café de Rondônia realizaram um grande encontro durante a Rondônia Rural Show, no estande da Caferon. Em agosto foi a vez do Agro Mulheres Rondônia, que reuniu mais de 300 mulheres que atuam nas mais diversas áreas do setor do Agro e de todas as regiões do estado. O evento ocorreu no espaço da Associação dos Pecuaristas de Ariquemes – APA, em Ariquemes, integrando também muitos parceiros e mulheres de destaque no agro do estado e nacional. Ações como estas promovem conexões, muita interação, oportunidades, trocas de experiências, momentos de inspiração que, com certeza, promovem transformações e fortalecem as mulheres.

Para Antonielly Rottoli, idealizadora do Agro Mulheres Rondônia, ver o movimento como um dos 50 de maior destaque no País, pela Forbes, demonstra a força que a união tem. É o reconhecimento do trabalho de todas as mulheres que acreditam e trabalham no agro. “É importante fortalecer a atuação das Agro Mulheres por meio do acesso ao conhecimento, do reconhecimento e da visibilidade, somando forças e semeando agentes de transformação do agro. A união de propósitos e objetivos fortalece essa conexão”, afirma Antonielly.

Segundo Renata Silva, uma das lideranças das Mulheres do Café de Rondônia e que também faz parte do Movimento Agro Mulheres Rondônia, estar na lista da Forbes é o reconhecimento do trabalho de todas as mulheres que se dão as mãos para buscarem o melhor para todas. “Este reconhecimento dos movimentos nos dá ainda mais força e segurança de que estamos no caminho certo. É preciso acreditar, unir forças, trabalhar de corpo e alma, ter paciência, resiliência, se transformar e ajudar a transformar vidas e também nossa Amazônia!”, afirma Renata Silva, que tem a cafeicultora Poliana Perrut como parceira na liderança do Movimento das Mulheres do Café de Rondônia.

Saiu na Forbes

Agro Mulheres Rondônia

O movimento nasceu pelas mãos da agropecuarista Antonielly Rottoli, da Agropecuária Espírito Santo, no município de Alto Paraíso (RO). Ela também é diretora da Aprosoja no estado e presidente do sindicato rural de Alto Paraíso. O início do grupo ocorreu em 2019 por meio das redes digitais, inspirado no CNMA (Congresso Nacional Das Mulheres Do Agronegócio). Dois eventos presenciais já aconteceram. O segundo foi em agosto deste ano.

Acesse o movimento no Instagram: @agromulheresrondonia

Mulheres do Café de Rondônia

O grupo foi criado em 2017 pela jornalista Renata Kelly da Silva, após colaborar com um capítulo sobre Rondônia no livro “Mulheres dos Cafés no Brasil”, publicado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Além de participar de eventos, o grupo mantém uma conta de whatsapp com cerca de 100 integrantes trocando informações sobre a produção do grão.

Acesse o movimento no Instagram: @mulheresdocafederondonia

Conquistas

- 2018: pela primeira vez uma mulher, Suzi Aparecida, teve seu café entre os dez melhores no concurso estadual de qualidade do café – Concafé.

- 2019: Pela primeira vez uma mulher, Poliana Perrut, é campeã do concurso estadual – Concafé. Ainda neste ano, a indígena Diná Suruí vence a primeira edição do concurso Tribos, voltado para a produção de cafés com qualidade e sustentabilidade por indígenas de Rondônia.

- 2020: Duas mulheres conquistam o 1º e 2º lugares no Concafé, Luciana Franklin e Maria Cantuário, respectivamente. Também neste ano, Ediana Capich, traz pela primeira vez para Rondônia o primeiro lugar de melhor café canéfora de fermentação induzida, premiação nacional no Coffee of the Year.

- 2021: Poliana Perrut e Alessandra Inácio conquistam o 1º e 2º lugares, respectivamente, no Coffee of the Year. As mulheres indígenas, Alessandra Makurap e Melissa Suruí, conquistaram o 3º e 5º lugares no Concurso Tribos. Ediana Capich leva o 3º lugar no Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café. Estas conquistas da Ediana a colocam em destaque nacional, sendo mencionada pela Forbes como uma das 100 mulheres mais influentes do agro brasileiro, assim como o Movimento das Mulheres do Café de Rondônia.

- 2022: Maria Aruá conquista o 4º lugar no Concafé. Ângela Coutinho conquista o 2º lugar no Concurso Nacional de Qualidade da ABIC.

Confira reportagem da Forbes na íntegra:  https://forbes.com.br/forbesagro/2022/10/lista-forbes-50-grupos-de-mulheres-do-agro-brasil/

 

• Fonte: Redação Revista AgroRondônia